Um comerciante de Inoã, distrito de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, afirma que foi expulso de casa e teve a residência invadida, roubada e depredada por criminosos após uma briga de vizinhos por conta de um cano de esgoto. O incidente, segundo ele, aconteceu no último mês.
Por temer pela vida – pois diz ter sido jurado de morte – ele, a esposa e as duas filhas, uma delas autista, dormiram durante quase uma semana em frente à sede da 82ª Delegacia de Polícia (Maricá).
Agora, o homem disse que está escondido, não consegue trabalhar e não tem como pagar por um remédio da filha que custa cerca de R$ 300.
Por telefone, em uma residência com segurança, o homem de 39 anos contou o que aconteceu.
"Essa confusão começou após o meu vizinho de baixo, a gente morava em uma casa de dois andares, reclamar dos canos de esgoto que estavam aparentes. A tia da minha esposa, que vendeu a casa para ele, perguntou o que ele queria que fosse feito. Fizemos uma modificação no encanamento. No entanto, mesmo assim, ele não gostou e passou a brigar", relata.
"Eu disse pra eles que era trabalhador e que não tinha nada para resolver na boca de fumo. Um bandido perguntou se eu queria que ele fosse lá me pegar. Eu disse que não, e eles passaram a atirar na minha casa. Eu consegui fugir correndo por trás da casa. Mas, eles pegaram a minha esposa e as minhas duas filhas [de 12 e 2 anos]", lembra o comerciante.
"Eles fizeram uma pressão para que eu voltasse. Humilharam a minha esposa, atiraram próximo do ouvido da minha filha de 2 anos, que é autista. Obrigaram a minha outra filha a ficar de joelhos. Barbarizaram. Chamei a PM e fui lá resgatá-las durante a madrugada."
Ele relatou que, horas depois do ataque e de conseguir sair com a família da casa, que fica na comunidade Sem Terra, em Inoã, eles foram até a 82ª DP, registraram um boletim de ocorrência e, posteriormente, foram levados para uma pousada que tem convênio com a Prefeitura de Maricá.
Fonte: G1
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