ASSASSINATO DE GRÁVIDA EM CAMPOS: POSSÍVEL REALIZAÇÃO DE JÚRI, LAUDO DE CELULARES AGUARDADO E MARIDO PROFESSOR DO IFF CONTINUA PRESO, MAS AINDA NEGA TER SIDO MANDANTE
A poucos dias de completar 10 meses, um dos crimes de maior repercussão em Campos e no país, neste ano, ainda não teve definição sobre a condenação ou absolvição dos acusados de envolvimento no caso. Grávida de 8 meses, Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, foi executada a tiros dentro de um carro, na frente da mãe, no Parque Aurora, no dia 2 de março deste ano. Acusado de ser o mandante do crime, o então companheiro da vítima, Diogo Viola de Nadai, de 37 anos, que é professor do Instituto Federal Fluminense (IFF), foi preso cinco dias após o assassinato, e segue numa unidade prisional, mas ainda não há definição sobre seu julgamento: se ele irá ou não a júri popular. Até hoje ele não confessou ter sido o mandante da execução. O processo corre em segredo de Justiça. Advogados de acusação e assistente de defesa falaram com o Campos 24 Horas.
Os advogados informaram alguns detalhes, porém sem aprofundá-los, por conta do sigilo imposto. A ação segue em fase de instrução: que é quando há discussão dos fundamentos, no decurso da qual representantes da vítima e do acusado podem apresentar provas que, por qualquer razão, não tenham sido tidas em conta durante a fase de inquérito, como por exemplo novas testemunhas ou documentos.
De acordo com o advogado assistente de acusação, Márcio Marques, que representa a família de Letycia, em sua atual fase, o processo aguarda pela última apresentação por escrito da defesa de Diogo Viola de Nadai. Esta movimentação influenciará a finalização da primeira fase do processo e a definição pela realização ou não do Tribunal do Júri.
O advogado de defesa, Rafael Crespo, informou que desde que assumiu a ação busca que seja trazida aos autos, via Cellebrite, a íntegra dos dados dos celulares de Letycia e de Diogo, que foram apreendidos no decorrer das investigações. O Cellebrite citado por Rafael é um programa israelense, utilizado por autoridades policiais brasileiras, que tem capacidade técnica para desbloquear diversos celulares, além de extrair qualquer informação possível do aparelho, inclusive dados apagados.
Além de Diogo, também são réus pelo assassinato de Letycia os dois homens que participaram ativamente da execução. Eles estavam numa moto. O carona atirou em Letycia e depois na mãe, dela, que correu atrás do suspeitos imediatamente após os disparos contra a gestante. Responde criminalmente também o homem que teria feito a mediação entre Diogo, mentor e mandante do crime, segundos as investigações apontam, e os executores da morte de Letycia.
Fonte: Campos 24 Horas
Comentários
Postar um comentário