Veja o vídeo da reportagem do ESTV 2 da TV GAZETA SUL
Nilson deu entrada no sistema prisional no dia 17 de abril, através de mandado judicial, porque ele não havia pagado a pensão alimentícia. A morte ocorreu no domingo (21/04).
No atestado de óbito de Nilson, que tinha 38 anos, aparecem: anemia, traumatismo no tórax e ação contundente, caracterizada por uma lesão provocada por um objeto. O documento está com a ex-esposa dele.
"Lá no IML que eu fiquei sabendo disso. Quando eu perguntei para o delegado qual era a doença que tinha causado a morte dele, o delegado disse que não tinha doença nenhuma, que tinha sido homicídio e que ia ser investigado, que ele ia ligar para o CDP, que havia sido um homicídio e que tinha que ser investigado", disse a ex, que preferiu não se identificar.
Foi uma assistente social do CDP que ligou para a família para avisar da morte. Ainda segundo a ex-mulher de Nilson, a funcionária teria falado que ele teria morrido no Pronto-Atendimento do bairro Marbrasa, mas no local, a informação era outra, de que ele já estava morto quando deu entrada.
"Ninguém sabe nem dizer a hora que ele morreu, porque no CDP eles falam que ele morreu na UPA e na unidade dizem que ele já chegou morto", disse a mulher.
A assistente social do CDP ainda disse à ex-esposa que ele vinha apresentando um quadro de convulsões, informação que não foi reconhecida pela família.
"Ele nunca teve nada de saúde, nunca reclamou nem de uma dor de cabeça. Ele sempre foi forte, nunca teve doença nenhuma. Me falaram que ele tava tendo alucinações lá dentro, vendo bichos, e que os presidiários encontraram ele caído dentro do banheiro", disse a ex-esposa.
Ela acredita que ele foi espancado dentro da cela do CDP. "A minha filha vai me perguntar qualquer hora: 'mãe, cadê meu pai'. E eu vou falar o que? "Filha, seu pai foi preso e mataram ele dentro da cadeia'?", questionou.
O que diz a Sejus
A Sejus informou que o detento foi atendido na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), recebeu todos os cuidados, mas apresentou piora do estado de saúde e morreu no Local. A Secretaria informou que aguarda o laudo do IML e, caso haja indício de homicídio, o caso será apurado pela Polícia Civil.
O que diz a Secretaria Municipal de Saúde
A Secretaria Municipal de Saúde de Cachoeiro de Itapemirim disse, em nota, que Nilson Quirino chegou morto ao Pronto-Atendimento do bairro Marbrasa.
Fonte: G1 ES
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