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Calçadão, ciclovia e parte da avenida beira-mar de Piúma, no Sul do Espírito Santo, foram destruídos pela erosão do mar. O local é um dos destinos mais procurados no verão capixaba. Com a aproximação do fim do ano, a situação preocupa moradores e comerciantes.
A Prefeitura de Piúma encaminhou um projeto ao Iema, para a realização de mais uma obra emergencial, que é a construção de um muro, orçado em R$ 3,5 milhões.
“Não restou alternativa. Por mais que alguns falem que é um muro provisório, ele se torna necessário hoje. Então, o projeto completo para que a gente possa ter autorização ambiental para ele começou a ser confeccionado há cerca de três meses”, falou o prefeito Ricardo Costa.
Os moradores temem o que pode acontecer no futuro. “Se ninguém der um socorro, os próprios moradores vão ter que sair, porque o mar vai invadir nossas casas”, falou a dona de casa Célia Lopes.
A destruição compromete também o turismo e a economia. “Isso nos preocupa profundamente, porque temos vivido um momento de crise e a nossa única fonte de renda aqui é o mar, é o turismo, é a praia. Se esse setor está sendo afetado dessa forma, isso prejudica profundamente todos nós”, disse o presidente da associação de moradores, Carlos Alberto Pereira.
Em novembro de 2017, parte do calçadão e da ciclovia já haviam sido levadas pelo mar. Em abril deste ano, um turista foi filmar a erosão, acabou caindo quando passava pela orla e se machucou.
Para evitar acidentes, o trânsito na avenida beira-mar foi desviado. Um ponto da via que era de mão dupla se transformou em mão única. Mesmo assim, motoristas afirmam que é perigoso passar pelo trecho.
“Está arriscado demais, e eles não tomam uma providência pelo que está acontecendo na cidade. Nós estamos correndo o risco de um carro cair e matar alguém ainda”, falou um morador.
Obra definitiva
A obra definitiva para solucionar o problema seria o engordamento da faixa de areia, o que ainda não tem data para acontecer. No próximo mês, está prevista a licitação da empresa que ainda vai fazer o projeto dessa obra.
“É um tempo normal de se levar. No mês de setembro, está prevista a audiência. Correndo tudo bem, o estado poderá dar a ordem de serviço para a empresa poder realizar o projeto. Deferindo isso, o estado tem o compromisso, hoje, conosco de licitar a obra de engordamento, ajudar a buscar recurso, porque é uma quantidade de recurso que o município não tem condição de arcar sozinho”, disse o prefeito.
Fonte: G1 ES
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