CENTRO DE MEMÓRIA PODE SER UM MARCO EM BOM JESUS DO ITABAPOANA


Em uma das páginas do jornal A Voz do Povo da década de 1930, sob o comando de Osório Carneiro, encontramos uma matéria sob o título “BOM JESUS E AS SUAS COUSAS”,  que se refere a um palacete construído por Malvino de Souza Rangel em nossa cidade. Diz o texto:

“O presente clichê mostra o bello palacete de propriedade do sr. Malvino de Souza Rangel, onde o mesmo reside, com sua família. Está situado á praça Governador Portella, annexo a esta redação, e é um dos melhores prédios de Bom Jesus, construído que foi dentro dos moldes da architetura moderna”.

Na década de 1940, referido palacete já integrava o patrimônio do Estado, tendo se tornado a sede do Fórum no município. Foi ali, consoante notícia de A Voz do Povo do mencionado ano, que Getúlio Vargas Filho foi recepcionado quando visitou a nossa terra.

Foi neste prédio, também, que Boanerges Borges da Silveira, pai dos ex-governadores Roberto e Badger Silveira, participou do primeiro júri no município.

Parte importante da nossa história, portanto, ocorreu no interior deste prédio.

Ocorre que este palacete foi, depois, demolido para a construção de um novo Fórum.

Com a inauguração de um Fórum moderno em outro endereço, o prédio acabou cedido ao município, onde está situada a biblioteca municipal, e à Justiça Eleitoral.

A ideia do artista plástico e poeta bonjesuense Adilson Figueiredo em tornar o prédio num espaço dedicado a um Centro de Memória do município foi bem acolhida pela secretária municipal de cultura Luciara Amil Nunes, que pretende reunir-se com o secretário estadual de cultura, André Lazaroni, para tentar viabilizar a ideia.

Por outro lado, consultas feitas pelo jornal O Norte Fluminense a arquitetos,  revela ser plenamente possível o restabelecimento da fachada do palacete, nos moldes da década de 1930,  o que resgataria, juntamente com o acervo do Centro de Memória, o rico passado de nosso patrimônio histórico e cultural.

Fonte: O Norte Fluminense



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