OPERAÇÃO “POVO DE ISRAEL”: ENVOLVIDOS EM QUADRILHA DO GOLPE DO FALSO SEQUESTRO SÃO ALVOS DE BUSCA E APREENSÃO EM APIACÁ
A rede formada por uma organização criminosa dentro de 13 unidades do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro pode ter ultrapassado o porcentual de presos ligados ao Comando Vermelho.
A facção autodenominada "Povo de Israel", ou PVI, conta com cerca de 18 mil integrantes custodiados, o que representa 42% do sistema penitenciário. Os criminosos autodenominaram os grupos dentro dos presídios como "as 13 aldeias".
A facção tem estatuto próprio, uma engenharia de divisão de tarefas e funções, repartição de lucros, captação de novos presos e pagamentos de propinas a servidores públicos.
Entre janeiro de 2022 e maio de 2024, o grupo movimentou mais de R$ 67 milhões em operações financeiras, segundo investigações. Ao todo, foram 1.663 pessoas físicas e 201 jurídicas envolvidas. Entre elas, policiais penais, esposas e até mães de detentos.
O Ministério Público destacou que assim como a cooptação de agentes públicos, a organização criminosa utilizou familiares e visitantes dos custodiados para aumentar a rede de lavagem de dinheiro.
A esposa de Avelino, Adilângela de Araújo Mendes, aparece como uma das principais beneficiárias das transferências bancárias feitas por "laranjas". Segundo as investigações, ela movimentou cerca de R$ 275 mil no ano passado. Adilângela recebeu os valores de quatro pessoas, que são moradoras da cidade de Apiacá, no Espírito Santo. Juntas, elas movimentaram cerca de R$ 5,5 milhões.
As investigações ainda apontam que na mesma cidade, uma casa lotérica teve movimentação suspeita de R$ 132 mil em oito transações realizadas por Gabriel Lopes Murro, que reside no município.
Em seis meses, entre junho de 2022 e janeiro de 2023, ele movimentou um montante de quase R$ 3 milhões. As investigações apontam o " elevado volume de operações financeiras suspeitas, com movimentação fragmentada de recursos acima da capacidade financeira e recebimento de valores de contrapartes sem relação justificada, com rápida dissipação dos recursos recebidos".
Gabriel Lopes Murro também é citado em dez operações financeiras recebidas por uma empresa atacadista de fachada no estado do Rio.
Além disso, os criminosos Jailson dos Santos Barbosa e Ricardo Luís Martins Dias Junior também utilizaram as companheiras para a lavagem do dinheiro. As duas operaram mais de R$ 6 milhões em curto espaço temporal. Ao todo, os quatro movimentaram mais de R$ 10 milhões em dois anos.
LOTÉRICA DE APIACÁ INFORMA AOS SEUS CLIENTES QUE NÃO TEM RELAÇÃO COM OS CRIMES INVESTIGADOS PELA OPERAÇÃO POVO DE ISRAEL; CRIMINOSOS TÃO SOMENTE USOU A LOTÉRICA PARA SAQUES E DEPÓSITOS
A Loteria de Apiacá LTDA, por intermédio de seus Advogados e de sua Administração, cumpre por informar aos seus clientes, que em virtude da repercussão da matéria jornalística veiculada no dia 22/10/2024, , que conforme a Operação denominada "Povo de Israel", de cunho investigativo da prática dos crimes de lavagem de dinheiro e extorsão, esclarece que há 12 (doze) anos exerce os serviços bancários delegados com total lisura, zelo e transparência, motivo pelo qual, jamais sofrera quaisquer espécies de sansões por parte da instituição financeira controladora - Caixa Econômica Federal. E esclarece, ainda, que todos os depósitos e saques realizados na instituição, são ao final de cada expediente, objeto de prestação de contas a CEF, ressaltando que a Loteria de Apiacá disponibilizou toda documentação requisitada com total transparência ao poder judiciário do estado do Rio de Janeiro, por intermédio da Polícia Civil RJ. Por fim continuará exercendo todos os serviços delegados pela instituição financeira e que o real motivo da investigação é a apuração de conduta criminosa de terceiros, sem nenhuma relação com a Loteria de Apiacá.
Blog Alan Gonçalves / Com informações: Band News
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