O
número de focos ativos de incêndio em matas do estado caiu 95% nos
últimos quatro dias. Nesta terça-feira, o Corpo de Bombeiros atuava em
apenas três ocorrências em todo o estado, 61 a menos do que na última
sexta-feira. Um dia antes, o Rio teve seu recorde de incêndios no ano:
460 focos. De lá para cá, os níveis de severidade meteorológica também
diminuíram. O risco de incêndio florestal é muito alto apenas em cidades
do Norte e do Noroeste fluminense, de acordo com o Centro Nacional de
Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
De acordo com a unidade de pesquisa, cidades da Costa Verde e de parte da Região Serrana têm risco muito baixo de incêndio. Em municípios da Região Sul I, entre elas Valença, Quatis e Barra do Piraí, o risco ainda é alto. A capital e a Região Metropolitana têm risco baixo de queimadas.
Especialistas afirmam que o número de incêndios no estado tem afetado a qualidade do ar. Cantagalo, por exemplo, está em primeiro lugar com o maior índice de poluição, seguido de São Gonçalo, com 89%. Na cidade do Rio de Janeiro, Campo dos Afonsos está em primeiro lugar como o bairro mais afetado, seguido da Ilha do Governador. Rafael Campos, gerente de qualidade do ar do Inea, explica que o cenário de poluição atmosférica teve piora por conta da falta de chuvas:
— Setembro tem sido um mês atipicamente mais seco do que a média histórica. Então, esse clima, com a temperatura elevada e a baixa circulação atmosférica, baixa circulação de vento, cria condições para duas situações em paralelo. A piora, o acúmulo de poluentes na atmosfera, que gera uma piora gradativa dessa poluição e o aumento do risco de incêndios. O aumento no número de focos de incêndio contribui com o acúmulo de poluentes na atmosfera. É esse cenário que a gente vem observando ao longo de todo o inverno de 2024, que tem tido um nível de chuva muito menor do que o de 2023.
Segundo o Corpo de Bombeiros, na última semana, mais de 1.389 incêndios florestais foram extintos. Nos últimos dias, as aeronaves da corporação usaram mais de 308 mil litros de água em operações aéreas. Além disso, 34 guarda-parques do Inea participaram diretamente do combate às chamas, com outros 65 em ações de monitoramento. Segundo o governo estadual, o efetivo de combate foi ampliado de 273 para 380 agentes.
Fonte: O GLOBO
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