ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO: LEANDRO DO HOSPITAL É DENUNCIADO POR LIBERAR MAIS DE 63 MIL EXAMES EM CIDADE COM POUCO MAIS DE 9 MIL HABITANTES
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A população de Ibitirama tem feito constantes reclamações sobre a falta de exames e outros serviços médicos na cidade. Diante da pressão popular, o atual secretário municipal de Saúde, Pastor Fledson Dias, foi convocado para prestar esclarecimentos na Câmara Municipal e trouxe à luz algumas práticas suspeitas da gestão anterior, que estava sob a responsabilidade do ex-diretor do Hospital de São José de Calçado Leandro Almeida.
“Nesse período, de sete meses, foram liberados 63. 131 exames laboratoriais. É claro que um pedido, às vezes, tem dois, três, quatro, cinco tipos de exames. Mas nós temos uma população, segundo o Censo (do IBGE), de 9.520 habitantes, 63 mil em sete meses, isso quer dizer que nós tínhamos que colocar um holofote em cima disso para ver o que está acontecendo”, ressaltou o secretário.
Os dados apresentados na Casa de Leis ainda apontam que cerca de 25% de todos os exames que foram liberados pela Secretaria de Saúde, as pessoas se quer retornaram ao laboratório para buscar o resultado.
“Os exames foram feitos, mas a questão é que quando você pega ali o mesmo cidadão, a mesma cidadã, ele repetiu o exame sete, oito, dez vezes em sete meses. Aí começamos a pesquisar com os nossos colaboradores da saúde, qual a população que consumiu 63 mil exames? Entorno de 30% da população”, explicou Pastor Fledson.
Na prestação de contas, também foi destacado que dos R$ 9,5 milhões destinados para a pasta da saúde, quase R$ 8 milhões já estavam comprometidos, com empenhos e pagamentos quando o atual secretário assumiu.
“Me restava ali, aproximadamente, R$ 1,5 milhão, sendo que R$ 750 mil é para a folha de pagamento dos servidores da saúde”, relatou.
Transporte sanitário
O secretário de Saúde de Ibitirama ainda chamou a atenção para o número de viagens feitas para a realização de procedimentos médicos em outras cidades. Segundo os números apresentados, a gestão anterior autorizou mais de 1.400 viagens em sete meses.
“Nós tivemos, para vocês terem uma ideia, 1416 viagens de transporte sanitário em sete meses, uma média de 177 viagens por mês, uma média de 9 viagens por dia. É claro que nós temos as ressalvas que são hemodiálise, quimioterapia, mas as especialidades, a maioria, nós estávamos transportando só uma ou duas pessoas. Dessas 1416 viagens, só transportamos 3.900 pessoas, uma média de 2,7 pessoas. Ou seja, se nós temos um motorista nesse carro e o paciente, não dá nem um acompanhante por carro”, questionou Pastor Fledson.
Fonte: Aqui Notícias
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