Uma aposentada de Vila Velha descobriu que seis empréstimos foram feitos em seu nome em duas instituições financeiras sem ela ter autorizado ou assinado qualquer documento, sendo que quatro consignados foram em um único dia.
Dinorah Brust, de 78 anos, conta que descobriu os golpes em dezembro do ano passado, ao atender ligação de uma financeira oferecendo uma redução no desconto de um empréstimo de R$ 10 mil.
“Me deram quatro empréstimos no mesmo dia sem eu pedir. Fiquei apavorada. Descobri que seis empréstimos foram feitos em 2019. E não tinha o costume de tirar o extrato da aposentadoria para conferir”, explicou.
Antes de descobrir que foi vítima, Dinorah, que é aposentada há 23 anos, conta que sempre recebia diversas ligações e mensagens de financeiras oferecendo consignado.
Logo depois de descobrir, a aposentada buscou o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos no Estado (Sindnapi-ES) para ajudá-la.
“Nunca pensei que fosse passar por isso. Estou buscando acertar essa situação, já teve uma audiência, e o pessoal da financeira apresentou documentos que eu teria assinado, mas com assinatura muito diferentes da minha”, diz.
Ao descobrir que foi vítima de um golpe, a pessoa deve procurar de forma imediata à delegacia para registrar o boletim, afirma a advogada Ana Maria Bernardes.
Ela destaca que via de regra nenhuma instituição séria solicita dados de forma indireta, por meio de ligações ou e-mails, ou mesmo através de funcionários.
“Desconfie sempre que houver esse tipo de solicitação. Mais ainda, quando a solicitação de dados pessoais é seguida da promessa de que há quantias desconhecidas para resgate. Um cuidado extra é entrar em contato com a instituição financeira, por meio dos canais oficiais”.
No ano passado, foram feitas 57.874 queixas de golpes de empréstimo consignado, registradas em Procons de todo o Brasil.
Um projeto de lei do deputado federal Guilherme Boulos visa coibir a concessão indevida de consignados. Pela proposta, os correntistas que receberem empréstimos consignados não solicitados poderão ficar com o dinheiro creditado, sem precisar devolver o valor das parcelas aos bancos e financeiras.
Fonte: Tribuna Online
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