USINA NUCLEAR FAZ ÁGUA DE PRAIA EM ANGRA DOS REIS FICAR QUENTE

 
A Praia do Laboratório, que fica localizada perto das usinas nucleares em Angra dos Reis, tem uma característica incomum no litoral da Costa Verde do Rio de Janeiro: água quente o ano inteiro.

Com ondas calmas e paisagem paradisíaca, o mergulho no ponto turístico traz ao visitante uma sensação parecida com a experiência de um banho em fontes termais.

"É muito diferente. É termal mesmo, mais quente, e dá pra entrar tranquilamente até no inverno. A sensação é muito gostosa", disse o morador Felipe Teixeira, que gosta de explorar destinos menos conhecidos pelos turistas em Angra dos Reis.

O aquecimento é provocado por um processo da central nuclear que capta uma grande quantidade de água do mar para resfriar o vapor utilizado para movimentar um gerador de eletricidade.

De acordo com a Eletronuclear, responsável por operar as usinas Angra 1 e 2, o vapor é consequência do aquecimento do reator nuclear, mas o resfriamento acontece em um circuito separado do sistema primário e, por isso, a água não tem nenhum contato com radioatividade.

Ou seja, o processo não contamina a água que é devolvida ao mar. Ela só entra e sai com uma temperatura de três a cinco graus celsius mais quente.

A Praia do Laboratório fica a 43 km do Centro de Angra dos Reis. Para chegar até ela, é preciso pegar a Rodovia Rio-Santos e encontrar uma estrada asfaltada nas imediações das usinas — não há sinalização que indique essa estrada. Há um estacionamento bem perto da praia.

Não há bares na orla, mas é possível encontrar vendedores ambulantes em períodos de alta temporada.

A praia ganhou esse nome por conta de um antigo laboratório que funcionava dentro do complexo nuclear. Algumas pessoas a chamam de Praia Secreta, por causa da dificuldade de acesso.

Do lado dela, há uma outra praia, com uma pequena faixa de areia, chamada de "Praia das Águas Quentes", ainda mais aquecida. Todo o local é monitorado por seguranças da Eletronuclear.

Nunca houve restrição de visitantes ao local por causa da proximidade com as usinas.

Fonte: G1

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