RUAS CONTINUAM ALAGADAS APÓS CHUVA EM VILA VELHA, NO ESPÍRITO SANTO

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A segunda-feira (20) começou com os transtornos deixados pela chuva que atingiu a Grande Vitória na noite de sexta-feira (17) e no sábado (18). Em Vila Velha, bairros ainda estão com as ruas alagadas, principalmente na região da Grande Cobilândia. Com dificuldades para voltar à rotina, moradores protestaram para cobrar providências do poder público.

A prefeitura diz que fez trabalho preventivo e que água pode demorar até quarta-feira (22) para secar.

Catorze escolas do município estão sem funcionar, e doze delas os acessos estão inundados, uma passa por manutenção na rede elétrica e outra serve de abrigo para 97 pessoas tiveram que deixar suas casas por causa da chuva.

De bicicleta, o assistente de serviços gerais Gilson de Jesus atravessou uma avenida inundada do bairro Cobilândia. Ele saiu de Cariacica e tentava chegar na Vila Rubim, em Vitória.

“Lá para dentro está com muita água. Inundação muito intensa. Se eu tivesse vindo de ônibus seria pior, porque pegaria alagamento e congestionamento. A gente tem que encarar, porque precisa trabalhar. Os governantes tem que fazer alguma coisa para melhorar, porque nós somos trabalhadores e pagamos nossos impostos”, declarou Gilson.

Protesto

Por causa dos alagamentos, moradores da Grande Cobilândia protestaram e fecharam a Avenida Carlos Lindenberg por quase três horas na manhã desta segunda. Eles cobram providências do poder público sobre a situação da região. A manifestação terminou por volta de 9h.

"Nós estamos reivindicando, por causa do problema da água. A região da Grande Cobilândia já enfrenta isso há 30 anos, mas agora os alagamentos pioraram", alegou o morador participante, Fabrício Alves.

Funcionamento das bombas

Segundo os moradores, as bombas que fazem a drenagem da água da chuva não estavam funcionando na capacidade máxima.

Segundo o secretário de Defesa Social de Vila Velha, Oberacy Emmerich Junior, a bomba foi instalada de forma emergencial no sábado (18). Mas, segundo os moradores, a medida não teve efeito.

Na estação de bombeamento do bairro Araças, os funcionários disseram que, por volta de 8h30, só uma das bombas estava ligada. Logo depois que o cinegrafista da TV Gazeta Ari Melo começou a filmar, duas outras foram ligadas na sequência.

O que diz a prefeitura
O secretário de Defesa Social de Vila Velha, Oberacy Emmerich Junior, explicou o que tem sido feito para resolver o problema, mas disse que as ruas devem continuar alagadas pelos próximos dois dias.

"A região de Cobilândia, como é mais baixa, sofre muito mais. A prefeitura fez todo o trabalho preventivo: microdrenagem, houve a limpeza dos canais, coleta de lixo, tudo foi feito. Mas a cidade precisa da macrodrenagem, que é obra do governo do Estado. Já houve sinalização, o governo está sensível com isso, a gente só espera que as obras comecem o mais rápido possível para que esse problema não persista", falou o secretário.

Governo do Estado

A Secretaria Estadual de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano informou que está prevista a construção de um sistema de bombeamento com comportas para o Canal Marinho.

Outras obras que estão previstas para Vila Velha estão em fase de projeto e devem começar em dezembro desse ano.

Sobre a reclamação dos moradores de que a Rodovia Leste Oeste favoreceu os alagamentos, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano disse que está analisando isso, junto com Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Desabrigados e desalojados

Pelo menos 97 pessoas tiveram que deixar suas casas por causa da chuva que atingiu a Grande Vitória entre esta sexta-feira (17) e sábado (18), causando vários alagamentos. De acordo com o boletim da Defesa Civil Estadual, 13 pessoas estão em casas de parentes e amigos e outras 84 estão em abrigos.

Todos os 84 desabrigados são moradores de Vila Velha, de acordo com os dados do boletim. Dos desalojados, sete são de Vitória, quatro de Cariacica e dois de Guarapari.

De acordo com a prefeitura de Vila Velha, as pessoas que vão ficar instaladas provisoriamente nos abrigos são cadastradas pela Assistência Social para receber alimentação, colchões e materiais de higiene.

Os 84 desabrigados estão em duas escolas, uma em Terra Vermelha e outra no bairro Ulisses Guimarães. Uma terceira unidade educacional, em Jaburuna, também foi preparada para receber pessoas que necessitem de apoio ou de um lugar para dormir.

Fonte: G1 ES

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