Mais do que relembrar os últimos passos de Jesus a caminho do Calvário, as encenações da Paixão de Cristo na sexta-feira santa mantêm viva uma tradição cristã. Em Guaçuí, não é diferente. Os jovens da Companhia de Artes da Paróquia São Miguel Arcanjo estão se preparando há dois meses para encenar a Paixão de Cristo. A apresentação será na sexta-feira (19/04/2019), às 17h, na escadaria da Igreja Matriz.
Em sua sétima edição, a peça que provoca fortes emoções ao público participante, está se aperfeiçoando a cada ano graças à adesão de jovens que compõem o elenco. Segundo o diretor do espetáculo, Rodrigo Corrêa, este envolvimento coletivo é composto por atores amadores e voluntários de grupos ligados à Igreja. Cerca de 120 integrantes se preparam para relembrar os momentos vividos por Jesus até a crucificação.
Há dez anos da Companhia de Artes da Paróquia São Miguel Arcanjo, Rodrigo avalia que depois de sete edições da encenação, o grupo vem se aperfeiçoando e superando suas expectativas. “Chegamos em um nível de espetáculo que a gente sempre sonhou. Tanto de público, como de comprometimento de nossos colaboradores, detalhes técnicos, então a expectativa deste ano é a gente coroar tudo que nós fizemos ao longo dos últimos anos. Nossa expectativa está em podermos coroar toda a nossa experiência. Nosso figurino, nossa cenografia, nossa equipe técnica. Então a expectativa é que a gente vai vir com tudo em todos os detalhes. Conseguimos aprimorar tudo, explicou Rodrigo Corrêa.
O diretor conta que durante o espetáculo são colocadas imagens que representam Jesus Cristo numa versão humana. “A principal temática da peça teatral é o mistério de amor manifestado por Jesus durante sua crucificação. Em algumas cenas eu tento incluir uma imagem de jesus humano. Na tradição católica, Jesus é a segunda pessoa da trindade santa, ele é Deus e o humano, só que ele foi humano e este é o mistério de amor de Jesus que se revela através da humanidade. A paixão de cristo revela grandes mistérios, grandes detalhes e mensagens”, finaliza Rodrigo.
Em alguns momentos, a peça intercala-se com as celebrações religiosas tradicionais da Sexta-feira Santa. Durante o rito da procissão com a imagem do Senhor morto, alguns atores acompanham os fiéis durante o percurso. Logo após, com a chegada da procissão na Igreja Matriz, é realizado o ritual da adoração da Santa Cruz, em que os fiéis beijam o Senhor morto. Nesse momento, também ocorre o encerramento do espetáculo teatral.
Fonte: Aqui Notícias
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