Veja o vídeo
Uma barragem da mineradora Vale se rompeu nessa sexta-feira (25/01), em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Nove pessoas morreram e outras 300 estão desaparecidas. Um mar de lama destruiu a localidade de Córrego do Feijão. O rompimento acontece três anos após o rompimento da barragem da Samarco em Fundão, em Mariana, que chegou no Rio Doce e provocou o maior desastre ambiental do país.
Diferente do desastre de 2015, a lama não chegará no Rio Doce e nem no Espírito Santo. Ela segue em direção ao Rio Paraopeba, bacia do Rio São Francisco. Seis prefeituras mineiras emitiram alertas para que os moradores fiquem distantes do rio.
Com o Rio Doce foi contaminado, moradores de Baixo Guandu, Colatina e Linhares ficaram sem água. A lama com rejeitos de minério chegou à praia de Regência, na foz do rio, em Linhares e pescadores perderam a fonte de renda.
O professor do curso de Geografia da Universidade do Espírito Santo Gilberto Barroso explica que o novo desastre atingirá outra bacia hidrográfica, que não tem influência sobre o Rio Doce.
“O deságue dessa bacia, depois de passar por uma série de represas para a geração de energia elétrica, está entre Sergipe e Alagoas. Além disso temos toda a costa do interior da Bahia, com cerca de 1000 quilômetros de extensão. Então a probabilidade desse rejeito de minério chegar ao Espírito Santo, pela quantidade de metros cúbicos que vazaram é relativamente pequena”, explica.
Vale
O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse em entrevista coletiva nesta sexta-feira (25), no Rio de Janeiro, que a barragem que se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estava inativa e sem receber rejeitos há três anos. Segundo ele, laudos apontavam um risco baixo de desabamento. Schvartsman afirmou crer que o desastre ambiental é "possivelmente menor" que o do rompimento da barragem de Mariana, há três anos, mas a "tragédia humana" é maior.
"A maioria dos atingidos são nossos próprios funcionários. Nós tínhamos, no momento do acidente, aproximadamente 300 funcionários, próprios e de terceiros, trabalhando naquele local. Nós não sabemos quantos foram acidentados porque houve um soterramento pelo produto vazado", disse Schvartsman.
FONTE: G1 ES
Comentários
Postar um comentário