Pastora foi presa porque, segundo denúncia do Ministério Público, foi omissa e sabia que filhos eram agredidos. Alvará já foi expedido e ela pode sair a qualquer momento do Centro Prisional Feminino de Cariacica.
A Justiça expediu nesta quarta-feira (07/11) o alvará de soltura da pastora Juliana Salles, mãe dos irmãos Kauã e Joaquim, mortos em um incêndio em Linhares, no Norte do Espírito Santo. Ela está presa desde o dia 20 de junho. O documento já foi expedido, mas até às 22h a Secretaria de Estado de Justiça ainda não havia recebido e a pastora continuava no Centro Prisional Feminino de Cariacica.
A decisão foi do juiz responsável pelo caso, André Bijos Dadalto, da primeira Vara Criminal de Linhares. O caso segue em segredo de Justiça e por isso não foram divulgados os argumentos que levaram o magistrado a essa determinação.
Juliana está presa desde o dia 19 de julho por determinação da Justiça de Linhares. Ela estava no município de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, mas depois foi transferida para o Espírito Santo.
A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público, que a denunciou como co-autora do crime porque sabia que as crianças eram agredidas e assumiu o risco ao deixá-las com o marido, o pastor Georgeval Alves.
O G1 tentou contato com a defesa da pastora, mas as ligações não foram atendidas.
O Caso
As crianças morreram em um incêndio no dia 21 de abril, em Linhares. Georgeval, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, foi acusado de estuprar, agredir e queimar as crianças. Já a esposa dele, Juliana foi presa porque, segundo o juiz, foi omissa e sabia dos abusos que as vítimas sofriam.
Eles são acusados de homicídio qualificado, estupro de vulneráveis e fraude processual. Georgeval ainda responde por tortura.
Fonte: G1 Espírito Santo
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