REPÓRTER BONJESUENSE ''TINO MARCOS'' ESTÁ FAZENDO SUA OITAVA COBERTURA DE COPA DO MUNDO


Tino Marcos é o jornalista esportivo que mais tempo esteve ao lado da seleção brasileira ininterruptamente. E tudo começou na Copa do Mundo de 1990. Não diferente, o repórter está agora na cola dos jogadores que vão formar o time para o mundial deste ano, na Rússia, que começa no dia 14 de junho. Neste “Você entrevista”, ele responde as perguntas dos leitores.

Qual foi a partida de futebol mais emocionante que você cobriu?

A final da Copa do Mundo de 1994, entre Brasil e Itália. Precisei montar todo o equipamento rápido quando o jogo acabou. Fui o único a entrevistar os tetracampeões.

É verdade que você foi do Rio de Janeiro a Marataízes (no Espírito Santo) de bicicleta, quando tinha 19 anos?

É verdade! Fora três dias de viagem. Dormi a primeira noite em Casimiro de Abreu; a segunda, em Campos; e cheguei no outro dia. Foi sensacional!

Qual é o sabor de cobrir todas as Copas desde 1990?

É realizador! É o momento pelo qual eu mais espero de quatro em quatro anos. Sou muito grato à vida por ter me dado a oportunidade de ter testemunhado essas Copas e partir para mais uma agora.

Você acha que a seleção brasileira conseguiu superar o trauma da Copa de 2014 e estar com a cabeça boa para enfrentar mais um campeonato?

Incrivelmente, a seleção brasileira recuperou a confiança. E isso tem que ser creditado a Tite, o grande divisor de águas dessa história.

Seu nome é Tino mesmo ou é apelido?

Meu pai se chama Faustino, mas é conhecido como Tino. Então, ele resolveu colocar meu nome de Tino. Meu nome é Tino!

Qual foi a entrevista mais marcante que já fez na carreira?

Sem dúvida foi com Pelé.

Você visita muito Duque de Caxias, onde nasceu? 

Infelizmente, não. Viajo muito, quase não paro em casa. Mas meus parentes estão lá ainda, mas fui criado em Bom Jesus do Itabapoana-RJ.

Por ser jornalista que cobre esportes e em campeonatos mundiais, quantos idiomas fala?

Olha, eu me viro no inglês, falo bem espanhol (minha família é espanhola), e um pouquinho de italiano.

Eu não concordo com a regra do impedimento. Acho que premia o zagueiro que não deu conta de fazer o seu trabalho e deixou um atacante descoberto. Existe alguma regra do futebol que você mudaria se tivesse esse poder?

Eu concordo com a regra do impedimento. Eu acho que ela é importante por várias razões, o futebol precisa dela. Mas eu mudaria uma outra regra: acho que a bola só entrar em jogo depois que sai da grande área, quando bate o tiro de meta, é errado, ao meu ver. Acho que a bola deveria entrar em jogo direto, mesmo dentro da área. Não precisaria respeitar o limite da grande área. Essa é a mudança que eu faria.

Qual a sua opinião sobre jornalistas e seus times de coração? Revelar ou não? Henrique Souza

Acho que todo jornalista esportivo certamente tem um time do coração. Normalmente, somos pessoas que curtimos muito futebol, esporte, na infância, e, portanto, temos um time de preferência. Mas acho que revelar é complicado para algumas funções. Por exemplo: Para o repórter que precisa entrar numa torcida rival daquela pela qual ele torce. Então, tem casos em que as pessoas podem, sim, revelar. Em outros é melhor deixar isso pra lá. Até porque muita gente pode achar que o repórter só falou isso ou aquilo porque ele torce para um time. Dá margem a esse tipo de interpretação.

Quem é seu ídolo no esporte e na profissão?

Talvez, pouca gente mais jovem conheça o meu ídolo. É o Lucas Mendes (hoje em dia apresenta o Manhattan Connection, da Globonews), que foi repórter da Globo até os anos de 1980. Era um cara muito à frente da época dele. Ele fazia matérias com uma categoria e um jeito de contar as histórias muito à frente do seu tempo. Sempre me marcou muito.

Fonte: EXTRA



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