Mazelas do Hospital de São José do Calçado: Enfermaria vira depósito de leitos desativados, setores são fechados e faltam materiais
O SindSaúde-ES recebeu as seguintes informações, a diretora geral do Hospital Estadual de São José do Calçado (HESJC), Ana Francisca Gonçalves da Cruz, vem promovendo retrocessos, desde o início do mês de janeiro, nas instalações do hospital sem nenhuma justificativa plausível. O hospital não tem conselho gestor há mais de dois anos. Quando algum servidor questiona se a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) está ciente da situação, Ana Francisca diz que é ela quem manda.
As "mudanças" incluem a enfermaria cirúrgica da pediatria, fechada e transformada em um depósito de leitos e equipamentos em perfeito estado, que ficarão sem uso até se deteriorar.
No setor de fisioterapia, onde existia uma sala equipada com vários aparelhos e maca para atender os pacientes internados, a diretora mandou remover a maca de atendimento ao usuário. No lugar da maca foi colocado um armário e uma mesa. A diretora ordenou que ali vai funcionar sala de comissões, ou seja, não terá mais sala de fisioterapia. Vale ressaltar que a maioria dos pacientes é atendida nos leitos, mas surgem aqueles casos que necessitam de aparelhos, sendo assim, eram encaminhados para a sala de fisioterapia.
Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), existem sete leitos que já são credenciados, e com a ampliação do espaço físico seria contemplado com mais três leitos que foram adquiridos e estavam apenas aguardando ajustes administrativos, como equipamentos, recursos humanos e credenciamento para ampliação do atendimento à população, pois a demanda é grande. Ao invés de concluir esses ajustes administrativos, juntamente com Sesa ou Secretaria de Gestão, a solução encontrada pela diretora foi retirar os três leitos. O dinheiro gasto com ampliação do espaço físico da UTI do HESJC foi jogado no ralo e a população prejudicada.
A Clínica Médica feminina com sete leitos está fechada por causa de infiltração, mofo, rachaduras e risco de desabamento do teto (gesso). Isso reduz mais ainda o número de leitos no hospital.
Além disso, existe os transtornos com a agência transfusional (o banco de sangue), interditado pela vigilância sanitária da Sesa em julho do ano passado. Sempre que necessário, o motorista usa a ambulância para buscar sangue em Cachoeiro de Itapemirim.
Foi relatado que, no sábado (02), o motorista saiu às 21h e só conseguiu retornar às 3h do domingo (03), com isso o hospital ficou sem ambulância, pois só tem uma que funciona precariamente.
De acordo com as informações passadas, e confirmadas pela Coordenadora da Regional Sul do SindSaúde-ES, são vários os absurdos. "Ainda falta medicamentos e materiais médico-hospitalares; não tem fraldas, pacientes estão usando a de tecido. Não tem envelope para o Raio-X desde 2017, causando constrangimentos e transtornos aos servidores do setor, sobrecarregados, que nem férias conseguem tirar. Até passar mal e ser hospitalizado no final do plantão", completa a sindicalista.
Diante do que foi relatado, só comprova que a atual diretora não está preocupada com o melhor para a população e nem com funcionamento do hospital, conforme garantido em Lei Federal 8.080/90. O hospital em vez de progredir, com essa nova gestão, está regredindo, perdendo tudo que foi conquistado nos últimos anos, com o discurso de que "não é o perfil do hospital". Será que o perfil e fechar setores e tirar os atendimentos da população?
O Sindicato está acompanhando estes acontecimentos e as péssimas condições do hospital e tomará providências para evitar que tragédias aconteçam.
Fonte: SINDSAÚDE ES
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