A GREVE QUE MARCOU A HISTÓRIA CAPIXABA COMPLETOU 1 ANO


Neste sábado (03/02/2018), a greve da Polícia Militar no Espírito Santo completa um ano. A manifestação que durou 22 dias provocou uma onde de violência que resultou em mortes, saques, caos, interrupção de aulas e fechamentos de muitos comércios, tirou a paz dos capixabas.

No dia 3 de fevereiro de 2017 familiares de policiais militares iniciaram protestos em frente aos batalhões da PM, impedindo a saída das equipes. Eles reivindicavam melhores condições de trabalho, reajuste salarial, adicional por periculosidade, entre outras exigências.


Depois que a manifestação se instalou em Cachoeiro de Itapemirim, centenas de pessoas saíram às ruas e saquearam lojas. No município, foi em torno de R$ 1 milhão de prejuízo no comércio. No estado, as perdas foram de R$ 45 milhões ao dia com as lojas fechadas, sem considerar as ocorrências de depredações e assaltos.

No dia 06, após o caos começar em Cachoeiro, alguns militares decidiram furar a paralisação em frente ao 9º batalhão e desceram ao Centro para tentar controlarem as ações dos criminosos. Mas a paz não durou muito e a PM logo voltou à manifestação.

GREVE ILEGAL

No mesmo dia, a justiça considerou a manifestação ilegal e determinou o fim do movimento e estimou uma multa diária de R$ 100 mil para as entidades que não obedecessem às ordens.

Foi determinado que os familiares e amigos dos policiais desobstruíssem os acessos dos quartéis, porém, os manifestantes permaneceram em frente ao 9º batalhão, querendo negociar com o governo.

SOLUÇÃO

Para solucionar os problemas causados pela paralisação da PM, o prefeito Victor Coelho, em reunião com o juiz Robson Louzada Lopes, pediu para que a Guarda Municipal fosse, excepcionalmente, armada, para contenção emergencial dos atos criminosos.

O juiz deferiu o pedido e entregou as armas aos agentes, que ajudaram que a normalidade retornasse ao município.



50 POLICIAIS PODEM SER EXPULSOS POR CAUSA DA GREVE DA PM, DIZ ASSOCIAÇÃO

Um ano depois da paralisação da Polícia Militar, que acabou impactando todo o Estado do Espírito Santo, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Espírito Santo (ACSPMBMES) realizou uma assembleia para fazer um balanço do movimento, realizado em fevereiro de 2017. Neste sábado (03/02), reunidos no Clube Recreativo da associação em Jardim Camburi, Vitória, a associação aprovou a criação de um fundo para ajudar os policiais expulsos da corporação, em consequência da greve.


De acordo com a expectativa da ACSPMBMES, pelo menos 50 policiais podem ser expulsos da corporação ao final dos processos administrativos. Até o momento, 11 policiais já perderam seus empregos. Já para o próximo boletim da Polícia, segundo a associação, entre 7 e 11 policiais podem ser excluídos.

Durante a assembleia, ficou definido que este fundo será formado por uma “cota extra” de R$ 10, a ser paga por todos os associados. Este fundo recebeu o nome de Fundo de Amparo aos Militares Capixabas (Fumcap). Um presidente, um vice-presidente e um tesoureiro foi eleito para coordenar estes recursos, que serão utilizados para ajudar os policiais que perderam seus empregos.

Além desta pauta, a associação aprovou uma série de questões administrativas, que diz respeito aos policiais.


Fonte: A Tribuna 


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