"PREFEITURA DE BOM JESUS/RJ ESTÁ NEUTRA EM RELAÇÃO À CACHOEIRA DA FUMAÇA, POR ENQUANTO", DIZ SECRETÁRIO
O secretário de meio ambiente, agricultura e recursos hídricos de Bom Jesus do Itabapoana, Evaldo Gonçalves Júnior, informou ao O Norte Fluminense que a "prefeitura está neutra em relação à Cachoeira da Fumaça, por enquanto".
Segundo o gestor, no ano de 2013 ocorreu uma audiência pública para discutir sobre a Usina do Saltinho, que afetaria a cachoeira. Na ocasião, a mesma teria sido aprovada.
Desde, então, contudo, nenhuma movimentação foi feita no processo. "Neste ano, representantes da holding estiveram na secretaria informando que estariam finalizando a preparação dos documentos, mas informaram, ainda, que o novo proprietário da fazenda se recusava a autorizar a construção da PCH (Pequena Central Hidrelétrica). Embora eu, como ambientalista, seja contrário à construção da hidrelétrica, como administrador tenho que aguardar uma avaliação técnica e jurídica sobre o assunto".
Ao final, registrou que o município está promovendo a transformação da área em APA (Área de Preservação Ambiental).
RELEMBRE O CASO:
DENÚNCIA! PROJETO DE NOVAS HIDRELÉTRICAS PODE MATAR O RIO ITABAPOANA E FAZER CACHOEIRA DA FUMAÇA DESAPARECER ((VEJA O VÍDEO))
Veja o vídeo da denúncia - parte 1
O atual proprietário da Fazenda Itaguassu, João Adilton, informou ao O Norte Fluminense que "querem acabar com a Cachoeira da Fumaça, um dos belos cartões postais do município".
Segundo João, que é comerciante em Guarapari, e sempre visitou a região, desde jovem, na propriedade de primos, "comprei a fazenda há um ano para viabilizar um projeto de desenvolvimento econômico, com preservação da natureza. A fazenda estava abandonada e pretendo construir nela um restaurante, cem alojamentos, dez chalés e vinte suítes, tirolesa, e promover eventos diversos para a terceira idade, mountain bike, entre outros. Pretendo, ainda, oportunizar que os visitantes tenham acesso à Cachoeira da Fumaça e à natureza exuberante que está no seu entorno. Além disso, desejo preservar a história do Padre Preto, que há cerca de 150 anos foi colocado num barco sem remos e lançado no rio para cair nesta cachoeira, mas acabou se salvando milagrosamente".
Segundo João, "ocorre que, após eu dar início ao meu projeto, que deverá ser concluído em 2019, passei a sofrer pressão indevida por pessoas interessadas em construírem uma PCH (pequena central hidrelétrica), o que iria acabar com a Cachoeira da Fumaça e causar grandes danos à natureza daqui. Minha disposição é de resistência, pois adquiri a propriedade para implementar um projeto de preservação da natureza aliado ao desenvolvimento econômico, e não para vendê-la", finaliza.
Fonte: Jornal O Norte Fluminense
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