O dia 10 de junho de 2017 marcou indelevelmente a memória de toda a comunidade rosalense. Sensibilizado por questões de cunho ambiental e movido pelo grande amor que nutre por sua terra natal, André Almeida dos Santos, segundo filho de Antônio André dos Santos (in memorian) e Lusmar Almeida dos Santos (in memorian), irmão de Paulo André de Almeida (in memorian) e de Durval André de Almeida, deu início ao projeto de reflorestamento que será de muita valia para a comunidade local, já deixando o seu legado para as gerações vindouras.
Como se sabe, o reflorestamento ou ato de replantar árvores, resgata áreas devastadas e devolve vida ao local. O processo é muito importante para o meio ambiente, uma vez que a floresta provê serviços ecológicos para sociedade como, por exemplo: recuperação das nascentes; controle da erosão do solo (a vegetação dá sustentabilidade a morros ajudando a evitar que estes desabem); prevenção do assoreamento; amenização do clima, reduzindo a temperatura média; embelezamento da paisagem; abrigo e alimentação para a fauna; extração/manejo de produtos florestais não madeiráveis (mel, plantas medicinais, ornamentais, frutíferas silvestres).
Consoante André, o projeto de reflorestamento surgiu no final de 2016 devido à drástica redução do volume de água da mina de Rosal, ocasião em que se interessou pela compra da área que faz limite com a de sua residência, na expectativa de que se houvesse o reflorestamento, o lençol freático poderia ser recarregado e, desse modo, a comunidade utilizar a preciosa água da mina por, ainda, longo tempo. Assim, conseguiu comprar uma pequena parte do que desejava do Sr. Joel Vargas e, depois, recebeu de Petrônio Figueiredo e Martha Ourique como doação outra parte, que totalizou numa área com um pouco mais de 1 hectare. Nesse meio tempo, através de Geraldo Roseira, contatou Mirian Valadão e Lilia William, diretoras do Projeto de recuperação da mata ciliar no entorno das principais nascentes do Rio Itabapoana (Instituto Federal Fluminense, Campus Bom Jesus do Itabapoana) e, a partir daí, seu projeto foi se desenvolvendo de forma especializada, com a análise do solo, com a orientação técnica acerca da distribuição das covas, com a escolha de mudas, que foram divididas em 3 grupos – pioneiras, secundárias e clímax- e por fim, com o plantio. Além de todo apoio técnico, o IFF lhe forneceu 500 mudas para a primeira etapa do plantio, entre elas, mudas de acácia amarela, acácia imperial, angico, araçá, aroeira, cerejeira, coité, figueira, ipê amarelo, ipê roxo, ipê rosa, jacarandá mimoso, jamelão, paineira, pata de vaca branca, pau Brasil, sapucaia e outras. Aliado a isso, foi contratado o Sr. Ismael que, desde o primeiro momento, se empenhou na preparação do terreno, na erradicação das formigas, na adubação e na irrigação, esta, por sinal, gentilmente cedida por Maria Glória de Almeida, uma vez que cedeu água em abundância de sua propriedade.
O projeto foi muito bem acolhido por toda a comunidade rosalense, bem como pelo Colégio Estadual Luiz Tito de Almeida e pela Escola Municipalizada Luiz Tito de Almeida, que enviaram parte do corpo docente e discente. Os alunos que lá estiveram, puderam presenciar e vivenciar o momento marcante para a comunidade, contribuindo no plantio das mudas e assumindo a corresponsabilidade de zelaram e protegerem o “cinturão verde” que iria se formar a partir daquele momento no atual morro do cruzeiro.
E para registrar tal momento, André contou com a colaboração na filmagem e na edição do vídeo de Daniel Ferreira e Lígia Martins (Stunt Drone).
Fonte: O Norte Fluminense
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