O Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários) decidiu aderir à greve geral convocada por algumas centrais sindicais para a próxima sexta-feira (30), em protesto contra as reformas do governo Temer em tramitação no Congresso, sobretudo a trabalhista e a previdenciária. A paralisação envolve outras categorias em todo o país e terá duração de 24 horas, mas divergências entre sindicatos pode reduzir a abrangência do movimento.
O coordenador-geral do Sindibancários, Jonas Freire, explica que a decisão de participar da greve foi tomada em assembleia do sindicato no último dia 20, com aprovação unânime dos presentes. Segundo ele, a decisão abrange os cerca de 7,7 mil bancários, sindicalizados ou não, com atuação em todo o Espírito Santo, e o objetivo é que nenhuma agência de nenhum banco, público ou particular, funcione no Estado no dia da greve.
“A decisão é para toda a categoria dos bancários e vale para todos os municípios do Espírito Santo. O objetivo é este: paralisar todas as atividades de toda a categoria no Estado, bancos públicos e privados”, afirma o dirigente sindical. A princípio, completa, o serviço de autoatendimento não deve ser prejudicado, e os clientes poderão ter acesso aos caixas eletrônicos situados no interior das agências.
O Sindibancários encara as reformas propostas por Temer como ameaça de retirada de direitos e garantias da classe trabalhadora. Freire conta que, ao longo da semana, os dirigentes sindicais pretendem mobilizar os bancários para que participem da paralisação. “Vamos conversar com eles sobre a importância e a necessidade de participarmos sob a ameaça de a reforma trabalhista tirar muitos direitos importantes nossos.”
Ele acrescenta que o Sindibancários tem participado de outros atos contra a reforma. “Nossa ida a Brasília teve importância grande para o fato, por exemplo, de o governo ter sido derrotado na votação do parecer sobre a reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Isso já é efeito da mobilização de todos os trabalhadores do país. Vemos essa greve do dia 30 como um momento decisivo, por isso vemos como fundamental nossa participação.”
Sindicatos divergem sobre greve
Enfrentando divergências internas após intervenção do governo Temer, as centrais sindicais não estão unificadas na convocação de uma greve geral para a próxima sexta-feira, dia 30.
Após três horas de reunião no último sábado (24/06), dirigentes de nove centrais divulgaram nota em que apresentam um calendário de mobilizações, mas sem usar a expressão greve geral.
O recuo expõe rachas entre as diferentes centrais. Os bancários, filiados à CUT, defendem adesão à greve. Já os metroviários, não.
Fonte: Gazeta Online
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