Representantes das empresas que fornecem
diariamente alimentação ao sistema prisional do estado do Rio de Janeiro
anunciaram hoje (20/12), a possibilidade de interrupção do serviço para os
presídios fluminense, caso o governo não quite as dívidas com o setor.
“Por força do atraso de mais de oito meses nos pagamentos, já não
conseguimos mais suportar o peso da inadimplência que se avoluma mês a
mês”, diz carta pública endereçada ao governador do estado do Rio de
Janeiro, Fernando Pezão, e o secretário de estado de Administração
Penitenciária, coronel Erir Ribeiro Costa Filho.
Assinada pelo diretor executivo da
Associação das Empresas Prestadoras de Serviço do Estado do Rio, José de
Alencar, o texto expõem que mesmo depois das empresas terem reduzido o
preço das refeições, por meio de decreto, os atrasos nos pagamentos se
acumularam. Alencar diz ainda que as empresas tiveram que fazer
empréstimos bancários, “a taxas estratosféricas”, para receber parte do
que o governo devia.
“Do ponto de vista econômico, não temos
mais como absorver os impactos de tamanho atraso nos pagamentos, e
tampouco de financiar esse déficit do Estado”, diz a nota. “Sofremos
também as consequências dos atrasos nos pagamentos dos salários dos
funcionários, bem como do 13º salário e demais benefícios, havendo já
indícios de paralisação (greve) iminente em nossas unidades. Com a
proximidade das festas de final de ano, as pressões por salários e
benefícios se intensificaram, com desfechos imprevisíveis para as nossas
operações”. Segundo o texto, caso nada seja feito, as consequências
serão de responsabilidade exclusiva do governo do estado.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária respondeu por e-mail que “está se empenhando junto à Secretaria de Estado de Fazenda para regularizar o pagamento do débito em atraso”.
Fonte: Agência Brasil
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