INSEGURANÇA EM PONTE DO ITABAPOANA: "BANDIDOS ESTÃO ROUBANDO À LUZ DO DIA DEIXANDO A POPULAÇÃO PREOCUPADA"


Os moradores da localidade de Ponte de Itabapoana, em Mimoso do Sul, região Sul do Espírito Santo, estão preocupados com a quantidade de roubos e assaltos no distrito. Eles relatam que os crimes acontecem frequentemente, à luz do dia.

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que o índice de criminalidade na região é baixo e que alguns criminosos que estavam agindo no local foram detidos. A PM prometeu aumentar o policiamento com uso de viaturas na região.

Duas professoras contaram que tiveram os carros roubados durante a manhã. “Eu não tenho mais coragem nem de sair para trabalhar nem de pegar um carro e dirigir sozinha. Eles usam palavras que assustam. Colocam a arma, praticamente, na nossa cabeça. É terrível, é uma situação que mexe muito com seu emocional”, contou Cleide Fraga.

A professora Wanda Tebaldi contou que teve uma arma apontada para ela e foi deixada um uma estrada de terra, sem sinal de celular.

“Um assumiu a direção do meu carro, mandou que eu deitasse o banco, tampou meu rosto e ficou o tempo todo com a arma apontada para mim. Me levaram para uma estrada de chão horrorosa, onde não havia sinal de celular. Foi um terror. Eu nunca imaginei passar por isso nessa região aqui. A gente precisa de um posto policial instalado em posto de Itabapoana. É urgente”, declarou.

O distrito faz divisa com o Rio de Janeiro e tem cerca de 1,5 mil moradores. Os moradores atribuem a falta de segurança à ausência de posto de polícia, que foi desativado em 2007, e à localização do distrito, que é saída para a o estado do Rio de Janeiro, o que facilita a ação dos criminosos.

“Nós somos divisa do estado do Rio, ou seja, atravessou uma ponte de você está no Rio. É muito fácil. O pessoal do Rio está vindo para cá praticar vários tipos de ação e deixa nossa população à mercê”, explicou o agricultor Marcos Moreira.

Na ponte que divide os estados, há uma casa onde funcionava um ponto de fiscalização. Segundo os moradores, o local foi reformado para servir como base da Polícia Militar, o que nunca chegou a acontecer.

Os moradores pediram ajuda do estado, na Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) e na Polícia Militar, e as respostas foram que, por inviabilidade econômica e estratégica, era impossível atender a localidade.

“A gente precisa que isso seja revertido urgentemente. O que que o estado está esperando mais? Que estratégia de segurança é essa? Em que se baseia essa decisão do estado? Insistindo em uma política de segurança que não está funcionando”, declarou o professor Zacarias Mattos.

Fonte: Tv Gazeta Sul

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